Leitura: I Crônicas 21
Davi estava indo muito bem como líder empreendedor em suas conquistas de territórios dos inimigos. Até que um dia sua expectativa em avaliar o seu potencial humano com base em seu poderio bélico o fez subestimar os cuidados de Deus.
Deus lhe envia um profeta que o coloca diante de três escolhas: a) estar sob três anos de escassês alimentar; b) três meses debaixo da espada de seus inimigos ou c) três dias debaixo da sentença do Senhor. Davi escolheu estar debaixo da sentença do Senhor, dizendo: “Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do Senhor, porque são muitíssimas as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens”(vs. 12,13).
Davi sabia que nas mãos de Deus a sua vida seria poupada, contudo teria que enfrenar as consequências que atingiriam toda a nação. Davi sentiu-se culpado, e clamou a Deus dizendo: “Ah! Senhor, meu Deus, seja a tua mão contra mim e contra a casa de meu pai e não para castigo de teu povo”(v.17). Dura lição Davi aprendeu, o povo sofre pela consequência de uma liderança inconsequente.
Esta narrativa histórica nos leva a ponderar em três pontos:
1) Davi avalia suas atitudes e escolhas passadas, pondera em seus atos colocando-se diante de Deus em confissão e arrependimento sincero. Esta é uma atitude humilde, honrosa e aceitável diante de Deus;
2) Davi assume a responsabilidade diante das consequências de seus atos, encara o presente e toma decisão em fortalecer sua fé mediante o levantamento de um altar de sacrifício e adoração a Deus. Ele disse: “eu não oferecerei algo ao Senhor que não me pertence, e nem oferecerei algo que não me custe nada”. Ele estava disposto a apresentar algo de valor e qualidade diante de Deus;
3) Davi pondera sobre o futuro, cria alvos e objetivos definidos para sua família e nação. Um de seus alvos por excelência foi planejar a construção de um grande templo em honra a Deus e espaço para centralidade de culto.
Davi foi um homem semelhante a todos nós, sujeito a fraquezas, decisões precipitadas e susceptível à correção de Deus. Todavia, com humildade, desejo de superar os desafios que o cercavam e pronto para mudanças necessárias, submeteu-se aos cuidados e disciplina de Deus, aceitando o agir das “mãos do Oleiro” em fazê-lo um vaso novo em sua presença.
Creio que esta história nos traz lições preciosas pelas quais podemos nos nortear dentro de uma dinâmica de “crescimento e maturidade espiritual”, assumindo as consequências de nossas escolhas e decisões no passado, encarrando o presente com coragem, determinação e preparando-nos com alvos e propósitos para enfrentar o futuro.
Pr. Paulo Mendes